Ir para o conteúdo principal
European Climate Pact

Alterações climáticas

A ameaça que as alterações climáticas representam para o mundo exige medidas urgentes. Porém, todos podemos ajudar a combatê-las e a construir um futuro melhor.

O que são as alterações climáticas?

A atividade humana está a influenciar gradualmente o clima da Terra, devido às enormes quantidades de gases com efeito de estufa que acrescenta às naturalmente presentes na atmosfera.

Estes gases com efeito de estufa adicionais provêm, principalmente, da queima de combustíveis fósseis para produzir energia, mas também derivam de outras atividades humanas, como o abate das florestas tropicais, a agricultura, a pecuária e o fabrico de produtos químicos. O dióxido de carbono (CO2) é o gás com efeito de estufa mais frequentemente resultante das atividades humanas.

Estes gases adicionais ampliam o «efeito de estufa» da atmosfera terrestre, fazendo com que a temperatura da Terra aumente a um ritmo inabitual e provocando grandes alterações climáticas.

Ver também:

Em que ponto estamos?

Já aquecemos o planeta mais de 1 ºC, comparativamente às temperaturas anteriores à era industrial.

Cientistas do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas alertaram para as consequências graves e mesmo irreversíveis de um aquecimento mundial de 1,5 ºC para o ambiente e para as nossas sociedades.

Quanto mais perturbarmos o clima, maiores serão os riscos para a nossa sociedade e para o ambiente.

Ver também:

Quais são os efeitos das alterações climáticas?

Os efeitos das alterações climáticas já se fazem sentir em todo o mundo e prevê-se que se tornem mais frequentes e mais intensos nas próximas décadas.

Sem medidas tendentes a contrariar as alterações climáticas, durante a vida dos nossos filhos poderão verificar-se na UE:

  • 400 000 mortes prematuras por ano devido à poluição atmosférica,
  • 90 000 mortes anuais em consequência de vagas de calor,
  • menos 40 % de volume de água disponível nas regiões meridionais da UE,
  • a exposição anual de 2,2 milhões de pessoas a inundações costeiras,
  • perdas económicas anuais de 190 mil milhões de euros.

Estas alterações climáticas podem transformar o planeta, afetando o abastecimento de alimentos, a disponibilidade de água e a nossa saúde. Embora o risco seja geral, as consequências afetam mais as populações pobres e vulneráveis.

Quanto maiores forem os problemas, mais difícil e dispendioso será resolvê-los, pelo que a melhor opção será tomar o quanto antes as medidas necessárias para enfrentar as alterações climáticas.

Ver também:

O que está a UE a fazer para enfrentar as alterações climáticas?

A UE há muito que é líder mundial no combate às alterações climáticas.

Os nossos esforços consistem em políticas ambiciosas a nível interno e cooperação estreita com os parceiros internacionais.

A UE já está no bom caminho para cumprir a sua meta de redução das emissões de gases com efeito de estufa para 2020 e adotou um plano para reduzir ainda mais as emissões, em pelo menos 55 %, até 2030.

O objetivo da União Europeia é tornar a Europa, até 2050, o primeiro continente com impacte neutro no clima. Para isso, haverá que reduzir o mais possível as nossas emissões e aumentar as remoções de gases com efeito de estufa da atmosfera, de modo a atingir «emissões líquidas nulas».

Este objetivo faz parte do Pacto Ecológico Europeu: um pacote ambicioso de medidas para reduzir as nossas emissões de gases com efeito de estufa a zero emissões líquidas, assegurando, ao mesmo tempo, uma sociedade equitativa, saudável e próspera para as gerações futuras.

A par da redução das emissões, temos de nos adaptar às mudanças que estão a verificar-se e às que ocorrerão. A UE contribui para melhorar a preparação para os impactes das alterações climáticas, a nível nacional, regional e local, assim como a capacidade de resposta a esses impactes.

A UE colabora com outros países e regiões na promoção da ação climática a nível mundial e no apoio aos países parceiros – em especial os mais vulneráveis – nos esforços que estes desenvolvem.

Está também a trabalhar no sentido de que, paralelamente à recuperação da pandemia do coronavírus, seja igualmente assegurada a transição para uma Europa mais ecológica, mais digital e mais resiliente.

Ver também:

Quais são os benefícios da ação climática?

A transição para uma sociedade neutra em termos climáticos constitui, simultaneamente, um desafio a exigir medidas urgentes e uma oportunidade para construirmos um futuro melhor para todos.

Ao agir em prol do clima e do ambiente, cada um de nós pode ajudar a preservar e a proteger o planeta, hoje e para as gerações futuras.

Entre os benefícios para a sociedade, contam-se os seguintes:

  • novos empregos, tendencialmente verdes,
  • maior competitividade,
  • crescimento económico,
  • ar mais limpo, e sistemas de transportes públicos mais eficientes, nas cidades,
  • novas tecnologias, como automóveis elétricos e híbridos, habitação eficiente do ponto de vista energético e edifícios com sistemas de arrefecimento e de aquecimento inteligentes,
  • aprovisionamento energético e de outros recursos seguro – para tornar a Europa menos dependente das importações.

Estudos realizados mostram que a transformação numa sociedade ecológica e digital é viável do ponto de vista económico e exequível. Se não se fizer nada agora, os custos das alterações climáticas para a economia e a sociedade serão muito mais elevados.

O que cada um de nós pode fazer?

Toda a sociedade e todos os setores económicos terão um papel a desempenhar – do setor energético ao setor industrial, ao setor dos transportes, ao setor da construção e aos setores agrícola e florestal. Já dominamos grande parte dos conhecimentos necessários e já há muitas soluções com provas dadas.

As nossas escolhas no dia a dia também são importantes. Muitas das mudanças que fizermos irão melhorar a forma como vivemos, nos deslocamos, arrefecemos ou aquecemos as nossas casas, produzimos e consumimos.

Todos podemos contribuir. Por mais pequenos que sejam, todos os esforços contam.